Gerando oportunidade para mudança.

Juntos nós podemos! Vamos?


Nascemos para ter impacto perene na vida de pessoas, participando da mudança na vida de pessoas com trajetória de rua ao fornecer acesso imediato à moradia e serviços de apoio.

Um pouco do nosso impacto…

“Eu preciso dessa oportunidade.
Eu quero aprender mais.
A gente nunca sabe tudo.
Onde eu gostaria de estar?
Eu quero estar aqui.”

Esse é Luciano mudado, renovado.

Luciano Vicente de Souza
Assistido Se Mudando

Perguntas Frequentes

O Documento do Programa Abrindo Portas demonstra como adaptamos e aplicamos a metodologia Housing First à realidade brasileira em São Carlos. Seu objetivo é servir como um guia para facilitar a implementação de programas semelhantes em todo o país. Estamos à disposição para dialogar e trocar experiências sobre o tema. Desejamos uma excelente leitura!

 

Nossa documentação mais atual do programa está disponível neste documento.

De acordo com a metodologia adotada, não há uma priorização baseada em “prontidão para moradia”. Isso significa que não são excluídos casos mais complexos, como aqueles que envolvem uso de substâncias, falta de fonte de renda ou qualquer outro fator. Os únicos critérios exigidos são: a pessoa deve estar em situação de rua ou ter uma trajetória de rua com alto risco de retorno, e ela aceitar participar do programa, compreendendo os termos de compromisso do projeto. Além disso, há critérios internos para abertura de um novo caso, como a disponibilidade de profissionais para acompanhar o caso e um caixa razoável para sua manutenção. Na prática, a seleção dos beneficiários é orientada mais pelos aprendizados que possam ser obtidos pelo Instituto com a aplicação da metodologia e pela urgência da situação da pessoa em condição de rua.

Em geral, as pessoas assistidas são indicadas por equipamentos públicos parceiros do Instituto, que estão em contato constante com essa população, como o Centro POP, o CAPS AD e o CREAS. Com o aumento da visibilidade do projeto entre pessoas em situação de rua, também têm surgido indicações por meio dos próprios assistidos. Assim, é mantida uma lista de espera com solicitações diretas de ajuda ou de indicações recebidas. No entanto, o Instituto prioriza as indicações provenientes dos equipamentos públicos que têm disponibilidade para colaborar diretamente com o projeto, como é o caso do CAPS AD, cujos profissionais atuam como agentes de acompanhamento de uma das pessoas assistidas pelo programa.

Nove pessoas já foram assistidas pelo programa até o momento, sendo que 4 delas ainda são assistidas. Dos outros cinco que já passaram pelo programa, uma pessoa preferiu ir para uma clínica de reabilitação pela dificuldade de lidar com o uso prejudicial de álcool morando sozinha. Outro retornou aos cuidados de sua família em outra cidade. Já os três restantes escolheram voltar para a situação de rua após o término de seus relacionamentos, momento em que entenderam que não gostariam de viver sozinhos em uma moradia.

O processo de gestão de caso é contínuo, usamos como base para acompanhamento dos casos as seguintes ferramentas:

  • Ecomapa: Avalia a evolução da rede de apoio.
  • Quadro de Vulnerabilidades: Monitora a evolução dos fatores de risco e proteção relacionados à manutenção da moradia.
  • Tabela de Objetivos: Auxilia no estabelecimento de metas e prazos para que os assistidos alcancem o que consideram essencial para manter a moradia.

Para saber mais sobre este processo, acesse nosso artigo sobre o tema: Gestão do Caso

Sim, o programa lida com casos em que há uso de substâncias. Na verdade, até o momento, todas as pessoas que passaram pelo programa enfrentaram questões relacionadas ao uso de substâncias. Embora ainda não tenham sido atendidos casos particularmente complexos, especialmente no que diz respeito à saúde mental, isto não seria critério para negar o acompanhamento de uma pessoa. É importante destacar que o programa adota a abordagem de redução de danos, que é fundamental para a aplicação da metodologia. Assim, o trabalho envolve ajudar as pessoas assistidas a compreender e implementar estratégias para reduzir o uso de substâncias, além de promover a responsabilidade em relação às consequências do uso, ao invés de se concentrar no sentimento de culpa causado por recaídas e lapsos.

Redução de danos é uma abordagem de saúde pública que visa minimizar os efeitos negativos associados ao uso de substâncias, sem necessariamente exigir a abstinência completa como condição para receber apoio. Esta abordagem reconhece que, embora o uso de substâncias possa apresentar riscos, é possível reduzir esses riscos e melhorar a qualidade de vida das pessoas que utilizam substâncias. Os princípios da redução de danos incluem:

  • Aceitação da Realidade: Reconhecimento de que o uso de substâncias é uma realidade para muitas pessoas e que a abstinência completa pode não ser imediatamente alcançável.
  • Foco na Saúde e Segurança: A ênfase está na redução dos riscos associados ao uso de substâncias, como a prevenção de doenças infecciosas, overdose e outros danos à saúde.
  • Apoio e Informação: Oferecimento de informações e recursos para que os indivíduos possam tomar decisões mais informadas sobre o uso de substâncias e implementar práticas mais seguras.
  • Não Julgamento: A abordagem busca apoiar os indivíduos de maneira não punitiva, promovendo um ambiente onde a pessoa se sinta segura para buscar ajuda e orientação.
  • Empoderamento: Incentiva o desenvolvimento de habilidades e estratégias para que os indivíduos possam gerenciar melhor seu uso de substâncias e suas consequências.

A redução de danos não substitui a busca pela abstinência para aqueles que desejam e podem alcançá-la, mas oferece um caminho para a melhora da qualidade de vida e saúde para todos os indivíduos, independentemente de seu nível de consumo de substâncias.

A metodologia Housing First não trabalha com uma lógica de prazo rígida. Em casos que se enquadram na categoria de Rapid ReHousing, destinada a pessoas em situação menos ‘crônica’ de rua, é possível estabelecer uma meta de aproximadamente 9 meses. No entanto, para os casos atendidos sob a abordagem Housing First, não é possível prever com precisão a duração da assistência. O Instituto Se Mudando, no entanto, possui uma política de fechamento de casos, que é aplicada quando se entende que o assistido está próximo de alcançar sua autonomia. Nesse estágio, é implementada uma saída gradual, que inclui a redução progressiva do auxílio financeiro e a realização de conversas focadas na preparação para a vida sem o programa.

O Instituto Se Mudando é uma associação privada sem fins lucrativos, devidamente registrada com CNPJ 55.103.698/0001-62. Sua finalidade é promover a reintegração de pessoas em situação de rua à sociedade, dedicando-se exclusivamente a atividades de apoio e suporte.

O Instituto Se Mudando necessita de apoio financeiro para garantir a continuidade e a eficácia de suas atividades de reintegração social. O suporte financeiro é essencial para cobrir os custos operacionais, que incluem despesas com moradia, outros auxílios financeiros e a realização de visitas. O apoio financeiro também contribui para a inovação e expansão das iniciativas do Instituto, permitindo alcançar e beneficiar um número maior de pessoas em situação de rua e, assim, promover a transformação social e a melhoria das condições de vida dos assistidos. Atualmente, dependemos unicamente de doações, seja de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas.

Na prática, as pessoas que realizam o acompanhamento das pessoas assistidas trabalham de forma voluntária ou trabalham em um dos equipamentos públicos com os quais temos parceria. Apenas auxiliamos financeiramente no transporte para o domicílio da pessoa assistida,  em que é realizada a visita. Ou seja, o nosso gasto por mês é majoritariamente no auxílio à pessoa assistida. Este auxílio envolve um custo médio de R$700,00 a R$800,00 de aluguel, um auxílio alimentação de R$150,00 caso o CRAS não ofereça cesta básica no mês e a depender da pessoa assistida, auxílio para medicações não ofertadas pelo SUS, totalizando gasto mensal médio de cerca de R$1000,00 por pessoa assistida.

Você pode doar pelo link: https://donorbox.org/instituto-se-mudando

Para garantir a continuidade do programa, qualquer doação nos ajuda muito! Especialmente doações recorrentes, por menor que seja o valor. Agradecemos desde já pelo seu apoio e confiança no nosso trabalho.

Para se tornar um voluntário, seja nas nossas áreas internas, seja acompanhando uma pessoa assistida, basta se inscrever pela plataforma Atados https://www.atados.com.br/ong/se-mudando/vagas ou entrar em contato conosco pelas nossas redes sociais https://www.instagram.com/se.mudando?igsh=MjRubHlxZDhhbGhl

Após o recebimento da candidatura, será agendada uma entrevista para entender melhor o perfil do voluntário e discutir suas habilidades e interesses. Depois, o Instituto Se Mudando realiza uma capacitação para os novos voluntários, onde são fornecidas informações sobre a metodologia Housing First, as atividades do Instituto, as políticas e procedimentos, e o papel que o voluntário exercerá no Instituto. O processo de seleção visa garantir que os voluntários estejam alinhados com a missão e os valores do Instituto e estejam preparados para contribuir de forma eficaz. O voluntariado é uma oportunidade para colaborar diretamente e indiretamente com as iniciativas de reintegração social e impactar positivamente a vida das pessoas assistidas.